sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Na pele em que habito




Na pele em que habito 
Sou mensagem, por cortesia
Sou forte quando notado 
Quando lembrado, sabedoria 

Sou letra, sou citação 
De prazeres ou de agonia 
Sou música, libertação 
E as vezes sou sinfonia 

Na pele em que habito 
Sou quente e também sou fria 
Sou lembrança de aprendizado 
Sou poder, sou simbologia 

Cartão de visita pro preconceito
Sou entalhado com maestria 
Fui arte pra quem enxergava
E pecado pra quem não via 

Na pele em que habito
Sou real, sou mitologia 
Sou retrato da natureza 
Seja de noite, seja dia 

Sou mil palavras, me leia 
Na dúvida, posso ser guia 
Talvez seja incompreensível 
Pra quem ainda não conhecia 

Na pele em que habito 
Sou um convite à fantasia 
Um portfólio de sedução 
A quem me toma por ousadia 

Sou aquilo que ser mais quer 
E às vezes o que não queria 
Sou o caos que o mestre é 
Sou equilíbrio. Sou harmonia 

Na pele em que habito 
Sou uma espécie de magia 
Curo, protejo e demarco 
Como um sinete de bruxaria 

Habito na pele que me aceita 
Habito na mente de quem me cria 
Habito na ideia, na realidade 
E agora habito na poesia.

Gui Euripedes

4 comentários:

Penso, logo posto.