Este poema é sobre a vida, que ora é doce
Como o leite materno que o infante bebe.
Quem vos dera eterna essa paz fosse!
Mas o tempo corre, e ele não percebe.
Há quem veja glória quando se é juvenil
Quão insensato cresce este ser imberbe!
Que imagina um futuro de vitórias mil
Mas degusta do amargo fel sendo plebe.
Quando maduro, diariamente na labuta
Ruge aos deuses: esta vida não é justa!
E se não esfria, seu humor torna azedo
O corpo apodrece. A memória traz mágoas
Coração permanece, mas afogado em águas
Que caem salgadas dos olhos com medo.
Guilherme Euripedes
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Penso, logo posto.